A ARTE DE MENDIGAR UM EMPREGO

Caros leitores,

É com muito pesar que nós, Os 2 Corneteiros, informamos que não ganhamos dinheiro algum postanto no nosso blog. Triste, mas é a realidade.
Com isso, temos que brincar de pobres mortais e, contra a nossa vontade, trabalhar, estudar e fazer tudo o que qualquer outra pessoa normal o faz.
Na minha revoltante busca por um emprego (que me deixará estressado e consumirá meu tempo)encontrei-me numa situação de certa forma engraçada.
No primeiro dos infinitos (literalmente infinitos) processos de Trainee que participarei, notei certas coisas que gostaria de compartilhar.
Gostaria de começar pela chegada ao escritório onde eu e mais outras 15 pessoas fingiriamos estar interessados no que os já empregados do recinto falavam. Todos sentamos em silêncio por exatos 15 minutos... todos se estudavam. Dei a sorte de sentar ao lado do sujeito mais nervoso do escritório, pois em 5 minutos já notei que suava muito e seu desodorante não resistira.
Todos começamos a conversar depois de um tempo. Fingiamos nos interessar pelo que era dito pelos nossos concorrentes, mas na verdade essas conversas são boas pra ter uma base de como a concorrência esta preparada... em outras palavras, se eles são mais ou menos burros que você.
Passei a manhã escutando coisas sobre a empresa e o quanto seria bom trabalhar na mesma mas na verdade a única coisa que me interessou foi o quanto eles me pagariam (e APOSTO que todo mundo também pensava assim). Fizemos exercícios de dinâmica que de nada me valeram e fomos julgados de formas que desconheço.
Na verdade, todo esse negócio de processo seletivo para empregos é uma grande loteria. Você aposta suas fichas (se apresenta e fala o que querem ouvir) e reza para ser escolhido.
Tenho um projeto em mente. Assim que conseguir um emprego, participarei de um desses processos somente para fazer TUDO o que não se deve fazer. Complicado??? Eu explico!
Me apresentarei de bermuda, chinelo e uma camiseta cavada. Não escovarei meus dentes nem pentearei meus cabelos. Desodorante então nem de longe. Falarei que já fui preso, que sou ex-travesti, e que nunca trabalhei. Peidarei e arrotarei quando sentir vontade (eu SEMPRE quero peidar quando não pode).
Lavarei a alma! E, da mesma forma que muitos dos presentes, sairei sem um emprego e me sentindo julgado.
Profundo não???